Por: Edson Lima
O processo de ensino/aprendizagem evoluiu muito na última década com a utilização das novas tecnologias na educação. O uso da internet, do audiovisual, televisão, entre outros, nas práticas de ensino, colocam-nos frente ao desafio de encontrar formas de avaliação mais consistente, onde se possa valorizar o uso dessas tecnologias, além de avaliar a evolução diária do aluno. Diante disso, vejo com bons olhos essa orientação de usar o portfolio como instrumento principal de avaliação que nos foi proposto pelo Prof. Luciano Barbosa e, que agora retomo, com o Professor Doutor Everardo Ramos na disciplina Gravura II.
Já tive algumas experiências com o portfolio tanto na minha vida profissional como na vida acadêmica. O portfolio, em suas várias formas de apresentação, é muito utilizado por profissionais como publicitários (onde me incluo), arquitetos, designers, entre outros. Pude constatar, observando antigos portfolios de épocas distintas na minha carreira profissional, a minha evolução, que nesse caso acompanhou a evolução tecnológica. Essa é uma das vantagens dessa ferramenta. A auto-avaliação.
Na vida acadêmica tive algumas experiências com o seu uso, sendo que elas não tinham essa denominação. Mas o espírito era o mesmo. Na primeira experiência, nas disciplinas Desenho de Observação I e Gravura I, o professor Pedro Roberto optou por colecionar nossos exercícios práticos em pastas individuais. Durante o desenvolvimento das disciplinas, ele expunha os trabalhos de todos os alunos, e pediam que os mesmos comentassem alguns pré-selecionados. Ao final, ele deu a nota de cada um, baseado na evolução e não no domínio técnico do desenho ou da gravura, o que se mostrou mais justo para todos, que aprovaram a metodologia do Professor Pedro Roberto. Essa é outra característica do portfolio. A pré-definição de critérios de avaliação.
A outra experiência se deu com o Professor Vicente Vitoriano nas disciplinas de Pintura I, História da Arte III e Fundamentos da Linguagem Visual. O professor adotou como uma das ferramentas de avaliação o que ele chamou de “scrapbook”, um livro onde nós colecionávamos anotações sobre as fases do desenvolvimento de trabalhos práticos, visitas a exposições, produções textuais, pesquisas, comentários em sala de aula, recortes de jornais, rascunhos, etc. Tudo isso era enriquecido por anotações do próprio professor, tipo: “parabéns, está muito bom”, “você precisa de mais embasamento teórico”, “onde foi que você viu essa afirmação?” Mais uma característica do portfolio: a oportunidade da correção da rota pré-estabelecida na definição dos critérios. Ao final, a apresentação desse livro tinha um peso na nota.
Como vemos, é uma forma muito justa de avaliar o interesse e a participação do aluno na disciplina, pois se o mesmo não “adotar” a metodologia desde o início, ele fatalmente se perderá no processamento das muitas informações adquiridas ao longo de todo processo de aprendizagem. E essa é a grande desvantagem do portfolio para o aluno. Se ele, por falta de tempo, falta de vontade ou outro motivo que seja, não fizer as anotações durante as aulas, fatalmente sairá prejudicado, já que será difícil lembrar de tantas informações no final do período, ou a qualquer momento que o professor solicitar o portfolio para acompanhamento ou avaliação.
Mas, e se em algum momento houver falhas por parte do professor? E se ele não explicitar com clareza qual o seu critério de avaliação? Se não fizer o acompanhamento necessário, a cada período pré-estabelecido? Se não cobrar do aluno? Esse é outro risco que o estudante corre. Se o professor não acompanhar e avaliar com responsabilidade, também aí, o aluno será prejudicado na medida em que não haverá a correção de rota ou o acompanhamento da evolução.
Concluindo, vejo grandes possibilidades na utilização do portfolio como forma de avaliação desde que esses quatro pressupostos sejam pactuados e cumpridos pelos sujeitos envolvidos: auto-avaliação, pré-definição de metas, engajamento do aluno e responsabilidade do avaliador/professor, pois, a falta desses, tornará o portfolio do aluno mera peça decorativa, um álbum de imagens.
O processo de ensino/aprendizagem evoluiu muito na última década com a utilização das novas tecnologias na educação. O uso da internet, do audiovisual, televisão, entre outros, nas práticas de ensino, colocam-nos frente ao desafio de encontrar formas de avaliação mais consistente, onde se possa valorizar o uso dessas tecnologias, além de avaliar a evolução diária do aluno. Diante disso, vejo com bons olhos essa orientação de usar o portfolio como instrumento principal de avaliação que nos foi proposto pelo Prof. Luciano Barbosa e, que agora retomo, com o Professor Doutor Everardo Ramos na disciplina Gravura II.
Já tive algumas experiências com o portfolio tanto na minha vida profissional como na vida acadêmica. O portfolio, em suas várias formas de apresentação, é muito utilizado por profissionais como publicitários (onde me incluo), arquitetos, designers, entre outros. Pude constatar, observando antigos portfolios de épocas distintas na minha carreira profissional, a minha evolução, que nesse caso acompanhou a evolução tecnológica. Essa é uma das vantagens dessa ferramenta. A auto-avaliação.
Na vida acadêmica tive algumas experiências com o seu uso, sendo que elas não tinham essa denominação. Mas o espírito era o mesmo. Na primeira experiência, nas disciplinas Desenho de Observação I e Gravura I, o professor Pedro Roberto optou por colecionar nossos exercícios práticos em pastas individuais. Durante o desenvolvimento das disciplinas, ele expunha os trabalhos de todos os alunos, e pediam que os mesmos comentassem alguns pré-selecionados. Ao final, ele deu a nota de cada um, baseado na evolução e não no domínio técnico do desenho ou da gravura, o que se mostrou mais justo para todos, que aprovaram a metodologia do Professor Pedro Roberto. Essa é outra característica do portfolio. A pré-definição de critérios de avaliação.
A outra experiência se deu com o Professor Vicente Vitoriano nas disciplinas de Pintura I, História da Arte III e Fundamentos da Linguagem Visual. O professor adotou como uma das ferramentas de avaliação o que ele chamou de “scrapbook”, um livro onde nós colecionávamos anotações sobre as fases do desenvolvimento de trabalhos práticos, visitas a exposições, produções textuais, pesquisas, comentários em sala de aula, recortes de jornais, rascunhos, etc. Tudo isso era enriquecido por anotações do próprio professor, tipo: “parabéns, está muito bom”, “você precisa de mais embasamento teórico”, “onde foi que você viu essa afirmação?” Mais uma característica do portfolio: a oportunidade da correção da rota pré-estabelecida na definição dos critérios. Ao final, a apresentação desse livro tinha um peso na nota.
Como vemos, é uma forma muito justa de avaliar o interesse e a participação do aluno na disciplina, pois se o mesmo não “adotar” a metodologia desde o início, ele fatalmente se perderá no processamento das muitas informações adquiridas ao longo de todo processo de aprendizagem. E essa é a grande desvantagem do portfolio para o aluno. Se ele, por falta de tempo, falta de vontade ou outro motivo que seja, não fizer as anotações durante as aulas, fatalmente sairá prejudicado, já que será difícil lembrar de tantas informações no final do período, ou a qualquer momento que o professor solicitar o portfolio para acompanhamento ou avaliação.
Mas, e se em algum momento houver falhas por parte do professor? E se ele não explicitar com clareza qual o seu critério de avaliação? Se não fizer o acompanhamento necessário, a cada período pré-estabelecido? Se não cobrar do aluno? Esse é outro risco que o estudante corre. Se o professor não acompanhar e avaliar com responsabilidade, também aí, o aluno será prejudicado na medida em que não haverá a correção de rota ou o acompanhamento da evolução.
Concluindo, vejo grandes possibilidades na utilização do portfolio como forma de avaliação desde que esses quatro pressupostos sejam pactuados e cumpridos pelos sujeitos envolvidos: auto-avaliação, pré-definição de metas, engajamento do aluno e responsabilidade do avaliador/professor, pois, a falta desses, tornará o portfolio do aluno mera peça decorativa, um álbum de imagens.
Próxima postagem: Semana de Humanidades:
Edson Lima, gostei de ler a tua postagem sobre o portfólio porque ajudou-me a sanar algumas dúvidas e a enriquecer o meu vocabulário...
ResponderExcluirDaniel da Costa
olá Edson, isto esta tudo esquengalhado, volte sempre, beijinhos, até logo.
ResponderExcluirMas eu adorei
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